Pioneira em distribuição musical, Nikita se posiciona como player brasileiro de música

Há 10 anos, ao deixar seu cargo de CEO da iMusica, empresa que ajudou a fundar e transformar em uma das pioneiras em música digital no Brasil, Felippe Llerena já tinha uma ideia em mente sobre o que faria em seguida. 

Na época, a música digital já era realidade, mas não no formato que conhecemos hoje. A iMusica vendia música pela internet para que os usuários pudessem ouvir no próprio celular ou colocar como música de chamada de celular, entre outras coisas. Llerena e Paulo Lima, hoje presidente da Universal Music, convenceram todas as grandes gravadoras a licenciarem seu conteúdo para a iMusica, disponibilizando o maior catálogo digital de música do Brasil na época. Graças à ascensão do 3G, foi um sucesso, gerando um faturamento recorde para todos os grandes artistas e gravadoras no período. Ainda no auge, a empresa foi vendida para a Claro, tornando-se o que hoje é a Claro Música. 

"Antigamente, havia um problema de tecnologia no Brasil, por isso a música digital demorou tanto para engrenar. Mas com o 3G as coisas começaram a mudar. Foi quando a gente decolou", explica. 

O que conhecemos hoje como distribuição digital para streaming ainda engatinhava e Llerena foi um dos primeiros a abrir uma empresa exclusivamente para distribuição digital de músicas. 

Nascia assim a Nikita Music Digital, que na verdade é uma extensão do já existente selo Nikita Music.

"A Nikita já existia antes, era um selo, mas eu deixei adormecido por um tempo. Logo depois que eu saí da iMusica, retomei a Nikita e fechei todos os contratos rapidamente para que pudesse me tornar um distribuidor de música", conta Llerena, que  também foi um dos fundadores de outro selo chamado Natasha Records, que já lançou nomes como Toni Garrido, Zizi Possi, Caetano Veloso, MV Bill, Peble Rude, entre muitos outros.

Compromisso com o legado da música brasileira

Com seu relacionamento e visão de mercado, logo a Nikita passou a se tornar um braço digital de muitas gravadoras, como Oni Music e Musile, e iniciava os primeiros passos para o que seria seu propósito maior: cuidar do legado musical de artistas e catálogos da música brasileira. De lá para cá, a Nikita já distribuiu centenas de milhares de fonogramas do mercado. 

"Alguns dos catálogos mais ricos da música brasileira estão na Nikita. Digo isso com orgulho. Nós também temos muitos hits aqui, a diferença é que muitos são hits dos anos 60, 70 e 80", brinca.

Ao longo dos anos, o streaming de música virou parte do dia a dia dos brasileiros graças ao Spotify, Deezer, Apple Music, Amazon Music etc. Isso fez com que empresas de distribuição musical do mundo inteiro viessem para o Brasil. 

Tal mudança no comportamento e oferta para artistas e gravadoras fez com que o posicionamento da Nikita ficasse ainda mais claro como uma empresa orgulhosamente 100% brasileira, que movimenta o mercado nacional e cuida, divulga e valoriza o que é produzido em todo o Brasil. O compromisso com a música é tanto que diversos selos e gravadoras internacionais procuraram e Nikita e viraram clientes.

"Eu sempre digo: me orgulho de ser uma empresa 100% Brasileira. A música está no nosso DNA. Aqui tem um brasileiro que trabalha há 30 anos com música que vai cuidar da música do cliente como se fosse dele", explica o executivo, que salienta outros diferenciais. 

"Hoje o artista precisa de uma empresa que se comprometa com a música tanto quanto ele. Nosso atendimento é humano. Aqui você olha nos olhos do fundador da Nikita e diz o que precisa. E nós vamos buscar ajudar da melhor forma possível. Você não vai encontra isso em nenhuma outra distribuidora", conclui.

Oportunidades no mercado digital

Atualmente, a Nikita possui clientes de renome em todas as regiões e gêneros do país: da guitarrada e carimbó ao forró, pisadinha, piseiro, bregadeira; do rock à musical regional; MPB e samba à música eletrônica. 

Para dar conta de tudo, mais do que distribuir, a empresa também busca parceiros de mídia e realiza mentorias e trabalha o impulsionamento estratégico dos catálogos disponíveis na empresa. Com o aparecimento das redes sociais e de plataformas de vídeo como o TikTok, Instagram e outros, em vez de desafio, a Nikita viu uma oportunidade.

"Hoje é possível ter diversos canais para a divulgação de música e buscamos parcerias em todos eles. É preciso falar a linguagem do jovem e também do consumidor antigo que ouve as músicas mais antigas. Por isso, fazemos um trabalho no TikTok, no Instagram e também no Youtube", diz Felippe Llerena, sem esquecer da mídia tradicional. 

"Também temos uma assessoria de imprensa para divulgações estratégicas e parceiros para que nossa música continue circulando em rádios e em oportunidades comerciais como sincronizações", encerra.

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